Cleópatra VII Filopátor (69–30 a.C.) — a última rainha do Egito, da dinastia dos Ptolemeus, conhecida por sua astúcia política e ambições. Sua vida e reinado continuam a despertar interesse e controvérsias entre os historiadores, pois ela foi não apenas uma governante, mas também um símbolo de romance e tragédia.
Cleópatra nasceu no reino de Alexandria, filha do rei Ptolemeu XII. Aos 18 anos, subiu ao trono, tornando-se co-governante com seu irmão Ptolemeu XIII. Seu governo conjunto não foi pacífico: a luta pelo poder entre eles rapidamente se transformou em um conflito.
Em 48 a.C., Júlio César chegou ao Egito, que teve uma influência significativa no destino de Cleópatra. Ela usou suas habilidades de manipulação para conquistar sua confiança e apoio. Acredita-se que Cleópatra apareceu diante de César enrolada em um tapete, para impressioná-lo. Seu relacionamento resultou no nascimento do filho de César — Ptolemeu César, conhecido como Cesarião.
Ao se tornar amante de César, Cleópatra fortaleceu suas posições, mas após seu assassinato em 44 a.C., o Egito se viu em uma situação perigosa. Ela mais uma vez demonstrou suas habilidades diplomáticas, estabelecendo relações com Marco Antônio, um dos homens mais influentes de Roma.
Cleópatra e Marco Antônio tornaram-se não apenas amantes, mas também parceiros políticos. Sua aliança foi direcionada contra Otaviano, que buscava consolidar seu poder em Roma. Cleópatra deu à Antônio três filhos: Alexandre Hélio, Cleópatra Selene e Ptolemeu Filadelfo.
Em 31 a.C., ocorreu a batalha decisiva de Actium, onde as forças de Antônio e Cleópatra foram derrotadas pelas tropas de Otaviano. Isso marcou o início do fim de sua aliança e, em última análise, para Cleópatra e Antônio.
Em 30 a.C., após Antônio cometer suicídio, Cleópatra, percebendo a inevitabilidade de sua derrota, decidiu tirar a própria vida. Existem muitas lendas sobre sua morte: segundo uma das versões, ela teria deixado uma cobra venenosa picá-la.
Cleópatra VII tornou-se um símbolo de poder, beleza e tragédia. Sua imagem está imortalizada na literatura, cinema e arte. Muitas obras, incluindo a peça de Shakespeare "Antônio e Cleópatra" e o filme "Cleópatra" com Elizabeth Taylor, exploram sua vida e relacionamentos com os líderes romanos.
Cleópatra VII permanece uma das figuras mais enigmáticas da história. Sua vida é uma história de poder, amor e tragédia, que continua a inspirar e a despertar interesse em pessoas ao redor do mundo. Ela foi não apenas uma governante, mas também uma mulher que utilizou suas habilidades intelectuais e políticas para defender seu povo e sua dinastia.